
Sou tantas...
Das mulheres que vivem em mim
gosto da que luta pela liberdade
e não teme gritar o que sente
quando todos fecham janelas
e colocam gradess nas portas
Gosto daquela que busca a palavra
música de um sonho guardado
e joga no verso todo sentimento
que acorda a vida para o canto
Gosto daquela que chora e ri
pede, implora, deseja e quer
e sendo múltipla é única
Ama, sofre, desespera, goza
doa e perdoa e gosta de ser emulher
Gosto daquela que enfrenta
os lobos que uivam no escuro
e tentam construir muralhas
que derretam as asas do sonho
O pensamento não admite travas
não vivo edificando imagens
espelho não engana saudade
fragmentos do tecido da vida
Rasgo as cortinas do tempo
teço uma colcha de letras
na trama do aqui e agora
com o ontem nas palavras
O amanhã ... pra que pensar?
Sou tantas...
Infinita
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