segunda-feira, 26 de maio de 2008




PERGUNTO


Ó Lua, pergunto a ti por mim,onde fiquei, onde parei?
Onde a esperança que ao olhar da janela,sonhava histórias de vida tão belas?
Historias de amores,emoção,quimeras , temores transbordando de paixão.
Ó sol, a ti também pergunto se minha ilusão de menina,por ser eu tão pequenina,
carecia de razão ouvindo só o coração...
A ti, ó chuva, pergunto todas essas lágrimas
além de contar mágoas teriam outro sentido por tudo que tenho vivido?...
Pergunto a mim mesma:um dia deixarei de ser menina para deixar de sonhar?

Infinita

ESPÍRITO -- PAULO MIRANDA


ESPÍRITO

Um dia a casca ficou dura
Mas não era fruta madura
Era a consciência imprópria e imatura
Que trazia conseqüências funestas e futuras
Um dia o casulo não quis se romper
Era a mentira que insistia em se manter
O desejo que não queria para o sonho perder
E o narciso onde a última palavra era não ceder
Mas o próprio universo tem suas leis e diretrizes
E a vida do homem é um pálido esboço dessas matrizes
Sempre se vai seguir a dor e o sofrimento e a alegria e o êxtase em todos seus matizes
Não é vingança, não é castigo; é aprendizado, o que nos torna com menos esquisitices
A noz só sai quando a casca é quebrada
A mariposa só nasce quando a hora é chegada
A luz só absorve as sombras numa oração inspirada
E a verdade só cresce quando passamos a ouvir nossa centelha guardada

PAULO MIRANDA (A Folha)


DEPOIS DE ALGUM TEMPO - GIGIO


DEPOIS DE ALGUM TEMPO

Depois de algum tempo, os campos prateados
De teus cabelos estão mais floridos;
O sol de teus olhos claros e vívidos
Rompe das cores de nossos sorrisos...
E... sempre, ao veraneio de tua vida,
Bosques e rios ... nos infindos caminhos,
Vão amanhecendo os novos sonhos;
E aromam as folhas de meus outonos...
Lá dos arvoredos, os passarinhos
Bebem lágrimas do contentamento,
Das chuvas de tua sabedoria...
Depois de algum tempo ...amada
Maria,
Nem a noite clara, cheia de estrelas,
Resiste a floração de teus carinhos...


Gigio Jr (Novos Poemas – 2007)

CAMINHO - PAULO MIRANDA


CAMINHO

Quando o sol sorri sobre tua Lua
É o começo da vida que é tua
Nas muitas manhâs que são suas
E até nas tristezas que andam pelas tuas ruas

Não quer dizer que é pequeno o teu tamanho
E que a felicidade seja um sonho
São teorias e práticas onde tudo é um ganho
A maravilha do risco que não é dúvida e nem arranho

Pode parecer que a areia vai-se com o tempo
Mas o mundo é assim: o sucedâneo a todo momento
Da brisa mais suave e da tempestade do maior vento
Sem história e sem ficção; é o teu próprio tempo

A grande verdade é que tu sorris para o espelho, e faz caretas, e a criança te traz várias jóias
Da massa de modelar entre teus dedos e ao acordar no presente, lembra-te que para chegar aqui, houve percalços e glórias
Que foram a tua infantilidade, a tua seriedade e muito de tua vontade, pois sempre há o suor em todas as vitórias
Como se disse, quando o Sol sorriu sobre tua Lua, foi o início de escrever nas folhas as tuas mais vivas memórias

PAULO MIRANDA (A Folha)

O QUE FIZESTE POETA?


O que fizeste, poeta para deixar a musa triste assim?
Consegues imaginar quantos rios ela chorou,
quantas preces rezou,quantos soluços abafou à tua espera?
Hoje ela está uma fera e é melhor tomar cuidado!
Mas não se faça de rogado
e a procure sem falta e conta pra ela,
sem pudor,o tamanho do seu amor.

Infinita

SOU..........


Eu não sei amar pouco
Ser poucoDar pouco
Ser mulher pouco.
Sou uma mulher que se conhece e se permite
Alguém que ousa e arrisca
Uma mulher que ri, chora, ama, gozaA
Alguém sem medo de ser feliz!

Infinita

BORBOLETA MENSAGEIRA


BORBOLETA MENSAGEIRA

Vai, linda borboleta, avia.
Vai...Diz a ela que estou sofrendo,
Que minha vida está vazia
E que aos poucos estou morrendo.
Diga-lhe que não posso mais
Suportar essa imensa dor
Devido a falta que ele faz,
E pela falta do seu amor.
Vai, borboleta, vai correndo,
Conte-lhe o que está acontecendo...
Quem sabe ele volta para mim?
Diga-lhe que ando angustiada,
Que preciso dele ao meu lado,
Por isso estou sofrendo assim.
Ele quem......me diz?

Infinita

PAULO MIRANDA........A FOLHA


É MAIS UMA SEGUNDA SE ACALMA
E O TEMPO CORRE D'ALMA

PODE SER QUE SEJA UM DIA DE AULA
DE ANDAR NO TRABALHO DE ESCREVER ALGO OU,
APENAS SENTAR E SORRIR PARA TODO LADO
HOJE É SEMPRE DIA DE COMEÇO
DE DIZER HUMANIDADE DE FALAR IRMÃOS DE IRMANDADE
DE VER OS BRILHOS NAS MAOS DE LUZ AMIZADE DE SER FELIZ EM TUDO DE FELICIDADE

Paulo Miranda, A Folha

TRADUÇÃO

Metade de mim
É clarividência, gratidão!
A outra metade
Obscuridade, solidão!
Uma parte de mim
É luz, açoite, dia...
A outra, fez-se
Escuridão e noite – e poesia.
E a minha tradução
Depende de você.
Infinita

QUERO


Daquele que amo quero o nome,
a fome e a memória
.Queroo agora.
O dentro e o fora,o passado e o futuro
.Quero tudo: o que faltae o que sobra o óbvio e o absurdo.

Infinita

SONHO


Nas ausências
Nos silêncios
Nas sombras...
Algo mais de ti
No infinito de mim.
Fecho os olhos, sinto o teu calor
Sonho-te antes de adormecer...

Infinita

ARRISCO


Da vida,guardo,o que não aconteceu.
Carrego,o que não pude ter.
Caminho por onde estou certa que desconheço.
Arrisco-me para não me arrepender depois.
Sou uma aluna do avesso,aprendo quando não consigo inventar."
Arrisco sempre...tudo!

Infinita

VÁRIOS - PAULO MIRANDA


ANDAR No dia de cada dia
Estou de olho no sol
Namorando a Lua Imaginando a chuva
E dormindo no mar

PAULO MIRANDA (A Folha)


INCERTEZA

Às vezes me encontro sem meu próprio encontro
Seguindo a mim mesmo para dentro de mim
Muitas vezes procuro um mero encanto
Que é apenas um canto que está dentro de mim
Outras vezes caio num pequeno pranto
Sendo as pequenas lágrimas encômodas que vem de mim

PAULO MIRANDA (a folha)


Pequeno II

Eu sou o devaneio, eu sou o graça, eu sou a perdição, eu sou a massa
Não há olhos que não vejam a alma, não há vida que não fuja das traças
Não há sonhos que não tenham desencantos, não há bordas que não precisem ser continuadas

PAULO MIRANDA ( A Folha)


HORA
Vai-se ali
Ou fica no daqui
Também, pode ser o daqui de lá
Para lá ou para cá Mentiroso!!!
Não existe aqui de aqui
Tem-se o lá de sempre aqui
Pois o que está aqui para cá
Do sempre será do aqui para lá

PAULO MIRANDA (A Folha)

A BOCA - PAULO MIRANDA


BOCA

Nenhuma tem a mesma textura
A mesma fome
A mesma sede O mesmo gosto
E o sibilo de mesmo sabor
Nenhuma deixa a mesma marca
A mesma presença
O mesmo perfume
A mesma paixão
E o desespero pelo mesmo fervor

PAULO MIRANDA (A Folha)

FLOCOS DE NEVE


FLOCO DE NEVE

A menina pegou o floco na mão, e ele sumiu, pois ainda pertencia a terra quente do não
Ela segurou outro floco cadente, e olhou de soslaio aquele que parecia crente.
Num susto percebeu que ele sumia, mostrando que pouco era onde existia
A menina pulou e cantou alegre, arrancou todos que podia no infantil jeito que via
Tentou transformar a pueril vontade numa eternidade, mas eles não queriam seguir leviandades e continuavam desaparecendo com toda liberdade
A menina chorou na birra e arrependida, achava ter matado, no seu inocente pecado, os flocos viventes e mal-criados
Na magia da natureza compadecida por aquele pequeno querer que buscava apenas ver, todos começaram a cair, nem sumindo e nem deixando de existir.
Apenas se mantiam aqui por instantes, não para satisfazer um mimo egoísta, mas para continuar o sorriso e o brincar daquela menina que queria tocar-lhes com a alma da sua pequena mão e com o olhar da sua imaginação .

PAULO MIRANDA (A Folha)

FLOCOS DE NEVE


FLOCO DE NEVE

A menina pegou o floco na mão, e ele sumiu, pois ainda pertencia a terra quente do não
Ela segurou outro floco cadente, e olhou de soslaio aquele que parecia crente.
Num susto percebeu que ele sumia, mostrando que pouco era onde existia
A menina pulou e cantou alegre, arrancou todos que podia no infantil jeito que via
Tentou transformar a pueril vontade numa eternidade, mas eles não queriam seguir leviandades e continuavam desaparecendo com toda liberdade
A menina chorou na birra e arrependida, achava ter matado, no seu inocente pecado, os flocos viventes e mal-criados
Na magia da natureza compadecida por aquele pequeno querer que buscava apenas ver, todos começaram a cair, nem sumindo e nem deixando de existir.
Apenas se mantiam aqui por instantes, não para satisfazer um mimo egoísta, mas para continuar o sorriso e o brincar daquela menina que queria tocar-lhes com a alma da sua pequena mão e com o olhar da sua imaginação .

PAULO MIRANDA (A Folha)

FLOCOS DE NEVE


FLOCO DE NEVE

A menina pegou o floco na mão, e ele sumiu, pois ainda pertencia a terra quente do não
Ela segurou outro floco cadente, e olhou de soslaio aquele que parecia crente.
Num susto percebeu que ele sumia, mostrando que pouco era onde existia
A menina pulou e cantou alegre, arrancou todos que podia no infantil jeito que via
Tentou transformar a pueril vontade numa eternidade, mas eles não queriam seguir leviandades e continuavam desaparecendo com toda liberdade
A menina chorou na birra e arrependida, achava ter matado, no seu inocente pecado, os flocos viventes e mal-criados
Na magia da natureza compadecida por aquele pequeno querer que buscava apenas ver, todos começaram a cair, nem sumindo e nem deixando de existir.
Apenas se mantiam aqui por instantes, não para satisfazer um mimo egoísta, mas para continuar o sorriso e o brincar daquela menina que queria tocar-lhes com a alma da sua pequena mão e com o olhar da sua imaginação .

PAULO MIRANDA (A Folha)

ASA CAIDA


Asa caída

Eu nasci anjo na terra
Pureza dentro do peito
Alma pura e cristalina
Repleta de planos lindos
Para seguir o caminho
Fui perdendo as minhas asas
Com as provações da vida
Tantas vezes reprovada
Em cada asa caída
Em mim nascia uma ferida
Da criança que eu fui
Até agora o que sou
Quanto mais piso na terra
No meu peito abre a cratera
De dores e desenganos
Mas às vezes eu acordo
Totalmente iluminada
Peito cheio de esperança
Que nem quando eu era criança

Infinita

UM PONTO - PAULO MIRANDA

UM PONTO
A nossa pecepção é um pedaço da ilusão
O concreto meio discreto que esta fora de questão
A perspectiva não é certa numa teoria discreta
E a verdade solidifica-se numa palavra pouco liberta
Fixamos nossas cabeças em pequenas partes meritórias
E perdemos todas as cores escondidas, que daqui não temos memórias
Paulo Miranda, A Folha

POEMA DA MANHÃ - PAULO MIRANDA


POEMA DE MANHÃ
Te olho todo dia neste dia
Sempre no desejo de te desejar cada dia
Tenho inveja da alegria que é tua
E deste sorriso que Deus te deu
Pois do bom dia ao boa noite do acontecer do dia de mais um dia
Eles são os mais fiéis companheiros deste mundo que eu conheço como teu Eu sempre fico imaginando se poderia ser um estranho no teu dia
Não querendo rivalizar com tua alegria e teu sorriso que Deus lhe deu
Mas ser o motivo de tudo isto a partir deste dia para todo os teus dias deste meu mundo que também, na sua vontade, poderá ser o seu Pois o meu coração, quando te vejo, é do meu para o sempre bem querer do seu dia, e do teu olhar, que ainda, por enquanto, não está abraçando o bem querer do meu.
PAULO MIRANDA (A Folha)

OUTRA

Hoje me desfiz
Desmanchei-me por inteiro
Livrei-me de todas as marcas
De todas as lembranças
Nada quero do passado
Não quero nem mesmo um nome, uma idade
Larguei minha fragilidade
Cancelei minha intimidade
Vou me remontar de novo
Vou voltar, mas outra serei
Da antiga nada restará
Infinita

SOU DA MATA


Sou da mata, da magia
Aquela que te mata de dor ou alegria.
Que te contagia, que causa saudade.
Sou a Deusa da noite, a mulher do dia.
Que corre com os lobos com a força de um urso.
Que não precisa de escudo.
Que voa com as borboletas
Aquela que diz tudo.
A selvagem que caça
A sedutora que não cansa
Sou aquela que veio ao mundo para amar
Para viver e mudar

Infinita

PROCURO

Procuro uma boca que não queira sentir mais um beijo
Mas.. sentir o amor
Procuro uma pele que não queria ser tocada por varias mãos,
Mas... Uma que queria ser cuidada
Em dias quentes, alegres, frios e tristes.
Procuro olhos que desejem se encontrar
Com outros totalmente apaixonados.
Procuro uma alma que deseje ter um lar,
Alguém só seu, e, a certeza que tem alguém para proteger
E que também é protegido...
Procuro um homem destes que todos falam existir a dúzias
E, em minha procura, não encontro outra coisa
A não ser o prazer passageiro e momentâneo.
Pra que quero isto se sou forte suficiente
Para realmente amar novamente?
Não!
Deixo isto aos sonhadores...
Infinita

ESTAR EM MIM



Permito que somente você entre em mim.
E te darei a chave de meus segredos.
E numa deliciosa sedução me descobrirá pouco a pouco.
Me inovarei para você e envolverei a ti com minha dança sedutora
E misteriosa.
Te levarei a um lugar onde jamais conheceu e provarás
Do verdadeiro prazer.
Junte-se a mim
Dentro de mim
E banhe em águas quentes e claras
E delicie-se num delicioso banho.
Estar em mim é viver o eterno que nunca acaba num
Momento de extrema felicidade.
Estar em mim é dar vida aos seus momentos que tornam - se
Eternidade de felicidades
Estar em mim é estar em lugares desconhecidos
É descobrir o novo é ter fome de felicidadede amor eterno e paixão mútua
Infinita

RASCUNHO - PAULO MIRANDA


RASCUNHO

Desculpe minha jovem .
Pela minha pouca arte de cantar

Sei que deveria o teu coração te roubar
Mas, infelizmente, só sei versar

Naquele momento, olhei-te no olhar
Percebeste no ato, o meu ato de ousar

No seu educar, riste, sem o querer de querer amar
E me colocaste no meu canto, onde aqui estou de lugar Galhofeiro,
fiquei a suspirar Gaiato, engoli o meu falar

Só que minha jovem, olhei-te, e mais uma vez, terás o meu olhar
. Na visão de tuas mãos, que contra sua vontade, irei guardar .

PAULO MIRANDA (A Folha)

CRONOS - PAULO MIRANDA

CRONOS
Quero ter tempo para olhar o pôr do sol
Contar as estrelas no manto da noite
Ter o tempo de sentir o vento. Molhar os pés no sal do mar
Ter o tempo de no deserto gritar
E nas grandes cidades andar
Ter o tempo de ter o tempo
De ter os olhos na flor que olhar
. De sentir a rosa, mesmo que no espinho, ela venha me cutucar.
PAULO MIRANDA (A Folha)

POR ONDE TUDO COMEÇA - PAULO MIRANDA


POR ONDE SE COMEÇA

Tão certo seria, abraçar tuas pernas, beijar os teus pés e
pensar em coisas menos discretas
Ousaria então, sentir-lhe tuas costas
Delinear o teu pescoço Deitar-me no teu regaço, no sabor doce e macio,
no desejo presente do pecado
Findo-se demais, talvez, em bruscas linhas não retas
Tentando descobrir a flor entre curvas
Achar o sentido do que deixa a minha vista quase turva
Tolo seria dizer terminar, no de sempre se calar
Naquilo que se conhece, naquele conhecer de começar
Havendo-se beijos de lábios decisivos do meu olhar ao nosso veemente beijar

PAULO MIRANDA (A Folha)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

CAMINHO - PAULO MIRANDA




CAMINHO

Quando o sol sorri sobre tua Lua
É o começo da vida que é tua
Nas muitas manhâs que são suas
E até nas tristezas que andam pelas tuas ruas

Não quer dizer que é pequeno o teu tamanho
E que a felicidade seja um sonho
São teorias e práticas onde tudo é um ganho
A maravilha do risco que não é dúvida e nem arranho

Pode parecer que a areia vai-se com o tempo
Mas o mundo é assim: o sucedâneo a todo momento
Da brisa mais suave e da tempestade do maior vento
Sem história e sem ficção; é o teu próprio tempo

A grande verdade é que tu sorris para o espelho, e faz caretas, e a criança te traz várias jóias
Da massa de modelar entre teus dedos e ao acordar no presente, lembra-te que para chegar aqui, houve percalços e glórias
Que foram a tua infantilidade, a tua seriedade e muito de tua vontade, pois sempre há o suor em todas as vitórias
Como se disse, quando o Sol sorriu sobre tua Lua, foi o início de escrever nas folhas as tuas mais vivas memórias

PAULO MIRANDA (A Folha)

POETA SOL, POETA CHUVA - PAULO MIRANDA


POETA SOL, POETA CHUVA

Existem dois amigos que se conhecem a vasto tempo, não eram perdidos, pois sabiam muito bem do seu invento Ambos criavam dilemas, opiniões; ou brincadeiras esboçadas de um momento
O primeiro cantava à alegria, a desenvoltura do homem em gritar seu prazer e a luminosa verborragia O segundo era um pequeno alho, cujo os poucos sonhos sem tempero eram despedaçados, e a esperança, quase uma fantasia
Aquele buscava a grama e o céu, o universo feliz na superfície da eloqüente trama Este seguia o penhasco, via o precipício e as correntes manchadas nas entrelinhas de qualquer drama
A claridade banhava as idéias do alegre, sorrindo em gargalhadas, soltando ovos e clara A escuridão sorvia o andar do miúdo e triste, sócia de lágrimas e companheira muda e nem tão clara
E cada um ia segundo os seus fios, costurando suas linhas em fogo é água, sol e chuva Era lógico que o brilhante era maior que o diamante; mais servil à felicidade, das mais variadas mesas e sempre vestindo antigas e todos os tamanhos de vários tipos de blusa
Já o mais duro, não se destrói com o futuro, apenas demonstrava que todo viver não se reduzia a um vinho feito de uva O que não se percebia, que ambos versavam sobre a mesma coisa: as vitórias e as derrotas, as verdades e as mentiras, o perfume e o cheiro; toda a saudade e a nostalgia daquele corredor que cerca nossa lavra
Pois o sonho de quem esta aqui é alma digna, dentro da lona e da ferida; versando e cantando em qualquer esquina, o real e o quimérico do substantivo vida

PAULO MIRANDA (A Folha)

CAMPOS - GIGIO


CAMPOS

Ah campos que consagram as canções
Dos ventos e das aves viajantes...Fontes fecundas de fáceis florações;
Bosques, boiadas, berros e berrantes...Hálitos dos caminhos verdejantes
E pássaros que orquestram os verões...Colhem olores, flores abundantes;
Segredam sinas, coram seduções...Árvores orvalhadas pelas lágrimas
Das chuvas de uma noite de garoa;
Estrelas e esmeraldas luzem céus...
Sanhas campestres nos rios e chácaras,
Surto de vidas dos seixos escoa
,Às serras semeando os sonhos meus...

.Gigio Jr (Novos Poemas – 2007)

PEQUENAS LEMBRANÇAS - PAULO MIRANDA


PEQUENAS LEMBRANÇAS

Sabe, já bati palmas por bater
E ri com apenas um dente, somente por querer
Peguei aquele chocalho, balancei e ri para todos que vi
Também adorei, quando estapiei com aquele chocalho todos os que se aproximaram de mim
Senti o calor da minha mãe envolver o meu mundo
Segui as mãos do meu pai, guiando-me pelo mundo
Andei e corri no meu jeito aprendiz de aprender o que é andar
Logo, logo; eu descobri que do riso eu podia cair e chorar
Mas um sopro na minha barriga, fazia-me parar e brincar
Ou aquele "num chora!" e eu voltava a me esquecer no pular
Já lambuzei-me muito, amassando o macarrão, espremendo o bife, espalhando sopa por todo lugar
Tinha vezes que eu cansava quem estava comigo e vap-vupt, sacavam a mamadeira no mingau até me fartar
Confesso que adorava quando tocava tudo com as mãos e queria provar
Aí vinha uma palmadinha de leve, uma caretinha de choro que passava na primeira careta de me fazer gargalhar
O legal era na hora do soninho para sonhar
Dormia nos braços dos meus pais querendo um abraçar
Às vezes podia cair cama por causa das pilhas gastas no meu estar de acordar
Ou também, ouvir canções de ninar para me fazer imaginar no dormitar
Bons tempos aqueles para se lembrar e para se contemplar
Onde tudo era um sol solar e a lua lunar
Pois a maior simplicidade era correr, correr e correr,
para simplesmente sorrir e simplesmente se alegrar.

PAULO MIRANDA (A Folha)

MOMENTO PAIXÃO - PAULO MIRANDA

MOMENTO PAIXÃO
No mais traço longo do beijo apertado
Dando aquele abraço estalado
No mais traço suave do olhar perfumado
No piscar da pele do ser apaixonado
PAULO MIRANDA (A Folha)
09/outubro/2007

RETORNO - PAULO MIRANDA


RETORNO

Se falo pouco, estranhado
Se falo muito, exagerado
Dou um fiapo, sou um rato
Dou um novelo.
Quem sabe um gato?
Não repita a mesma letra morta
Nem rodar a mesma roda
Muito menos, voltar na mesma volta

PAULO MIRANDA (A Folha)
05/outubro/2007


OLHAR DE MENINO - PAULO MIRANDA


OLHAR DE MENINO
Te lembras quando elas riam para ti .E tu eras uma criança que te te amedrontavas com o olhar daquelas meninas e não percebias o que dizer para elas e para ti
Que saudades há daqueles tempos, onde o beijo era a inocência e o mundo apenas uma miúda certeza
Aí vieram olhares possuídos por vontades. Havia a fome da necessidade, o querer de viver, o querer do prazer; a juventude no seu planeta leveza
E cada uma era um beijo, e cada uma era um olhar, o sino que tocava até o sol raiar
Pequenas responsabilidades que se perdiam no quarto e até no mato. Mas eram as descobertas da menina- mulher e do menino-homem;
as pétalas no tesão e no crescente desabrochar
As juras de amor duravam uma romântica realidade
Os momentos se desvaneciam e cresciam na própria verdade Ao seguir dos anos passas a ver o mundo com um olhar mudo e também espantado
Agora és forte e também querendo algo bem visualizadoPois agora não são princesas, nem garotas de aparelho; são mulheres
Onde os olhares que te beijaram eram uma história Onde os as mãos que te amaram eram um sonhos
Onde os dois mundos realizavam entre si, virando eternas glórias e memórias Mas por Deus, todas tu amou, mesmo quando o tempo findou
Foram comentários breves onde cresceram os dois na intimidade de suas vidas que se completou
E agora...agora!?
Passas a sorrir, lembrando o perfume de todas Das malucas, das sérias; e até das rotas
E no desejo que não é pequeno do olhar de menino, procuras na tua vida e também entre elas o teu melhor caminho
PAULO MIRANDA (A Folha)
03/OUTUBRO/2007

INFANTE - PAULO MIRANDA


INFANTE

Algumas vezes na feitura de um barco de papel
Diminui-se o cinza e o fel
Soltando aviõezinhos no ar

Acalma-se os reclamos do bravio mar
Fazendo bolhas de sabão
Recria-se a eterna palavra irmão

Algumas vezes quando olho com o olhar de uma criança
Tenho certeza que a vida é o brincar da esperança.


PAULO MIRANDA (A Folha)
02/outubro/2007

NAVEGO NO MEU MISTÉRIO


NAVEGO NO MEU MISTÉRIO



Queria dormir todos os meus sonos...
Sentir o sereno embalar com o luar meus pensamentos
Refrescar com a brisa a dor que dilacera meu peito
Queria ser um só pensamento e um só coração
Mas meu ser naufraga nas marés do existir
Sou muitos pensamentos, muitos corações
Rolo nas ondas dos sentidos
Meus anseios se perdem na minha memória
Navego no meu próprio mistério
Guerreio com as minhas sombras
Adormeço no lençol da ilusão
Acordo coberta de desejos
Desperto paixões
Disfarço sentimentos
Proclamo emoções
Para cada um dos meus muitos corações
E como um dragão
Exalo fogo que queima outros corações
Firo com espada o país da minha alma
Sinto saudade de tudo que fui
Sinto saudade de tudo que não serei
Assisto minha vida passando
Somando silêncios
Nesse meu jeito de existir
Moldando realidade
Entre a cruz e a espada
Entre a luz e as trevas
Entre o céu e o inferno
Entre o mistério e a magia
De viver e conviver
De existir e ser...

Infinita

PALAVRAS E SILÊNCIO


Palavras e Silêncio


Procuro as palavras certas
que possam expressar o carinho
mas repentino é o silêncio
selando este meu destino

Tento num outro momento
expressar o sentimento
mas as palavras se calam
tudo que ouço é o vento

E assim passa o tempo
com tantas palavras soltas
colidindo com meus "ais",
mas pra dizer "eu te amo"
só me ocorre o jamais

Enfim, eu tomo coragem
e pouso meu olhar no seu,
e sem palavras me dizes
que esse amor já era meu.
Infinita


TEMPO - ARTUR DA TÁVOLA


Tempo

Artur da Távola

Hoje eu sou poesia,
Pedaço de nuvem
Nas mãos do teu dia.
Eu sou amargura,
Espaço de espanto
Num céu de loucura.
Hoje eu quero ser jardim,
Temporada de espanto
No sorriso de teu sim.
Agora vai ser a vez
Da esperança sem lança,
Da amizade sem força,
Do afago sem sexo,
Do sexo sem falsa noção de esmagar.
Chegou o tempo
De ser
E amar.


   Artur da Távola é o pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros, jornalista, político e poeta


UM CERTO BEM...


Um certo Bem

Veio me ver balançando minhas palavras
Desconsertando meu equilíbrio fugaz
Colocando no meu coração uma interrogação sagaz
Me deixando sem falar com travas
Conta folhas de uma árvore secular
Aponta minha indecisão menina ingênua
Sem perceber que custo a me revelar
Na tua presença de envolvência nua
Ainda não soube avaliar o meu momento enfermo
De dores de inconcebível profundidade
Que me tomam sem como nem porque termo
De debilidade quase paralítica de fibromialgia sem piedade
Que desejo pelas objetividades de sentimento essência
Que contemplo todos os dias com expectativas de sonhos
Que me desnudo diante de uma fragilidade de impotência
Que acredito amar-me com entranhas de efervescentes tonos.

Infinita

ERA UMA VEZ...

ERA UMA VEZ
“Era uma vez um corredor de amores,
e uma casa ancorada no tempo da vida para não naufragar.
Era uma vez viagens e descobrimentos.
Era uma vez uma infância dourada e um quebra-cabeça possível de armar.
Era uma vez - e ainda respira em mim como um cavalo alado aquele mar.“
Infinita

BATER DAS ROSAS

BATER DAS ROSAS
As rosas ardem nos olhos, nas mãos,no coração dos poetas
Mas ser rosa dá-lhes esta condição:
enquanto ardem,refrescam, lavam os olhos,
as mãos,o coração dos poetas
Há ainda outra razão para cultivarmos
sua chama
em nossas chácaras secretas:
cada uma delas bate exatamente como bate o coração dos poetas.
Infinita

SOU MAIS EU


SOU MAIS EU



Não sou de mandar recado
nem tão pouco dar um toque
o que faço dou por acabado
sem precisar fazer retoque
Não sou nada submissa
isso não me empolga nem atiça
sou mais eu em qualquer lugar
sem querer a ninguém incomodar
Da minha vida cuido eu
e não adianta querer me mudar
não acredito em quem prometeu
não prometo para ninguém me cobrar
Não me meto na vida alheia
para ninguém se meter na minha
tenho sangue bom na veia
não misturo com erva daninha
Sou fiel, mas sou desconfiada
ando sempre com um pé atrás
poupo-me para não ser enganada
para que nada roube a minha paz
Não sou do tipo que fala
e depois nega tudo que diz
falo o que preciso na cara
assim eu vivo mais feliz
Não tenho tolerância
para suportar a falsidade
podem achar ignorância
mas eu gosto é da verdade
Quem quiser me conquistar
não terá trabalho algum
é só saber me respeitar
que não me vendo por preço nenhum.
Infinita


MULHER






Mulher...

Nosso dia que é todos os dias...
Porque em Um dia só,não daria para sermos muitas numa só!
Anseios na adolescência...Tremedeiras no primeiro amor...Emoções em ser mãe...mulher...fêmea!
Maturidade...que que traz novas emoções...e sabedoria!
Que nossa olhar possa ser sereno,para poder sempre amar...
sentir o gosto pela vida...até o último instante...
quando nossa alma, liberta desse corpo...voará ...livre,
ao encontro do infinito.

Infinita