terça-feira, 20 de maio de 2008

LUA - PAULO MIRANDA


LUA

Doce inocência, filha da Terra;
branca, azul e prateada
Rota escrava de Gaia, irmã que sonha;
onde seu irmão é o nascer da vida acordada
É um elogio dos venturosos, a simpatia dos filósofos
e a desgraça dos melancólicos medrosos
Acompanha mãos dadas unidas,
olhares esperançosos, sinfonia de corpos e alma dos corajosos
Muitos poucos sabem que pode ser luz pervertida
ou o paciente ensinar da Terra escondida
No seu segredo íntimo és loucura Lupina ou a imagem do Lobo homem,
selvagem e ensandecida
Mas a maioria prefere, além da paixão, o sinônimo de fantasia
A silênciosa amiga de fadas e duendes, social companhia do romance e da poesia


PAULO MIRANDA (A Folha)
Sentimentos da alma
17/setembro/2007

Nenhum comentário: