
Foi pra longe da algazarra e da festa animada
Com as lágrimas que pontuavam seus pulos e sua caída caminhada
Chegou na ponta dum despenhadeiro, observando o infinito no copioso chorar do abandonado
Porém, de repente, uma luz brilhou intensa vindo do fundo da encosta, diante do seu olhar assustado
Quando fitou melhor sua visão havia um enorme oceano azul até onde podia alcançar a sua alma
Foi quando percebeu que suas lágrimas caíam no azul resplandecente e sumiam na harmonia da gigantesca água calma
Tocados por aquela gota triste, outros pingos azuis sorriam de volta para ele, de dentro daquele imenso mar sem fim
E ele sorria de volta, pulando e alegre no seu sorriso que também não tinha fim
De um pulo jogou-se naquele oceano profundo, onde todos lhe encaram como mais um amigo, chamando-lhe de irmão
Iluminava aquele azul marcante com seus companheiros também fosforescentes, e ele vai-se pelo mar, na liberdade sem limites daquele imenso mundão
Paulo Miranda
Sentimentos da alma
30/junho/2007
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