segunda-feira, 30 de junho de 2008


QUER SABER DE UMA COISA?


Quer saber de uma coisa?

Tudo pode ser bom, ruim e principalmente assim assim
Tudo ao mesmo tempo ou não,
e não necessariamente nessa ordem
Bom é chegar na praia à tardinha,
anúncio de pôr de Sol, a água de ondas mansinhas
Jogar bola na espuma e sob o céu encaixa como se fora Tafaréu.
É bom também quando começa a chover E as gotas fazem cócegas na superfície do mar
Como se um cardume infinito prometesse matar a fome
De todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.
Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão
Morreu de um beijo roubado de um raio, da lembrança a correria,
O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!
Bom voltar trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada
A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra você Que mata no peito faz embaixadinha e devolve redondo... num chute perfeito
Ruim é a fisgada na coxa sair mancando disfarçadamente... A vergonha de ta decadente não é ruim,
ruim é o orgulho que se nega a reconhecer a decadência.
É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe que nunca mais vai voltar
E nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com estilo e precisão
Traçando um dia perfeito no arco do tempo Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom sentir saudade,
Ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas da cidade Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você
Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não realizar
O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não tem fim!
Bom é amar, ruim é amar... Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece é bom colocar chapéu de Bogar que tudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim assim... E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim assim ... bom!

Infinita

INQUIETO CORAÇÃO


Inquieto Coração




Quando chegar a hora da despedida,
irei embora dentro de uma branca esfera,
encontrar o meu paraíso de paz e amor,
de onde saí e lá eu sei que alguém me espera.

Nem sei mais o que faço por aqui,
já vivi tanto e beirando o cansaço,
tanta lida, tanto esforço, tanto embaraço,
o que mais me falta aprender neste latifúndio?

Quantos passos mais terei ainda que dar?
De quantos sonhos fugazes acordarei?
Nada mais espero deste destino incerto,
que me leva por onde o coração se inquieta...

Tanto bem querer, tantas ilusões,
abandonadas ao longo do caminho...
Confiar nos outros e depois perceber,
que votos de confiança são voláteis.

Sabemos que tudo na vida é passageiro,
mas que hajam espaços de afetos profundos,
em que laços se estreitem e sintam o prazer
de estarem próximos, pelo amor e pela bondade.

Mas chega uma hora em que mesmo cercados,
sentimos que nos falta algo que talvez nem seja
parte deste mundo circundante; seja muito maior,
esteja em outras paragens, em outras esferas.

Hoje olhando o mar imenso a perder de vista,
imaginei meu barquinho chegando com flores,
e nele pude embarcar serena e tranqüila,
por sentir que a missão chegara ao fim.

Senti uma alegria imensa contrastando
com as lágrimas que derramara antes;
talvez porque nada mais espere da vida,
que não seja o aquietar do coração!

Infinita

DONA DA VIDA


Dona da vida


Faço da vida tudo o que quiser,
Eu posso até deixar de ser mulher,
Mas esta nunca foi minha intenção...
Entendo que o segredo de viver,
Consiste em aceitar-se o que colher,
E sou feliz demais nesta missão.

Faço da vida o que mais me apetece.
Se troco uma blasfêmia pela prece,
Não é para agradar ou ser gentil..
.Apenas amo muito as criaturas,
Que vez ou outra causam amarguras,
Não há no mundo quem nunca sentiu.

Faço da vida o que me parecer
,A melhor trilha para não sofrer,
Mas amo a dor se acaso precisar...
Se houver momento em que me enternecer,
Se ela fizer melhor o meu viver,
E um bem ao coração, representar.

Faço da vida tudo que mais quero,
E se amo a dor também nunca a espero,
O que espero é sempre a paz e o amor.
Não faço apologia da verdade,
Já que não tenho tal facilidade,
Mas a minha, defendo com ardor!

Faço da vida tudo que convém,
O que puder e achar que fica bem,
E esse poder que tenho vem de Deus...
E se alguém duvidar, eu o respeito.
Porém não me desminta que é mal feito,
Conceitos que defendo são só meus.

Mas eu faço da vida o que entender,
Que me fará ganhar; e se perder,
Ninguém irá pagar a minha dívida...
E a mais ninguém compete me mandar,
É minha a culpa se amar ou odiar,
Por isso sei que sou dona da vida.

Do mundo, ainda não tenho a escritura...
Mas falta pouco para essa ventura,
Pois ao nascer ganhei a natureza...
Perdão Senhor, se algum dia esqueci,
Tantos tesouros que eu ganhei de ti.
Principalmente a vida, essa grandeza!

Infinita

SERÁ INCONDICIONAL

Será incondicional

Decidi que seria assim : incondicional,
exausta, venho traçando ao longo do caminho,
vértices que me enraízem sem limites,
no cerne das nossas vidas, este vento brando,
refrescando os nossos sentimentos

Cada detalhe, que não quero esquecer,
vou entrelaçando nas páginas que já foram escritas,
pois tudo somará um livro volumoso,
onde cada linha versará a rebeldia do querer,
dar, dar muito e receber

Será uma viagem longa, sem paradas vãs,
que não sejam para adornar este acalanto,
ao polir o brilho do olhar que vem dos seus
e dos olhos meus, como se cada vez
fosse a primeira vez

Tem que ser assim : incondicional,
você é o que sempre quis, um domador,
vindo de longe, abrir o etéreo,
para estes sonhos plurais, transformando-os,
modificando todos os meus conceitos

Fui deixando, que se rompessem,
todos os limites, quando a dor da saudade,
exigiu que se rasgassem todos os véus
que cobriam as minhas verdades,
expondo-as, que vivo você!
Infinita


NÃO ME OBRIGUE


Não me obrigue...
a trancar mais uma porta
eu não posso mais fugir de mim
em certos momentos deserta
sinto-me espera sem fim
e peço-te tão pouco
devolva-me a nuvem serena
uma sombra tranquila
uma fresta e
asas da quimera
Infinita

REALIDADE


Realidade...




Quando a realidade chega para maltratar
Destruindo todos os sonhos lindos...
Fazendo a lágrima rolar
Dizendo que não podemos querer
Que já não é possível sonhar!
Que seu beijo já não pode
Alcançar o meu,
Que meus lábios ja não podem
Ter o gosto dos seus...
Que meu corpo já não pode sentir
Seu calor... Seu doce toque...
Tudo fala e ensaia um adeus...
Olhamos em volta... Só resta
A dor da partida...
A certeza de que
O amor está partindo para sempre
Com uma passagem só de ida..
.Nesse instante o mundo desaba..
.O coração grita...
Amo você ainda!...
Nesse desespero medonho, descobrimos
Que o mundo irá nos maltratar muito...
Mas que vale a pena estarmos juntos...
Vale a pena a ferida...
Desde que eu possa dizer amo você...
E ouví-lo responder ...
Eu também querida!...


Infinita

INÉRCIA

Inércia


frases engasgadas
letras desnorteadas
e a poesia calada

Infinita

NÃO ME PERDI DE TI..

Não me perdi de ti



Olha - me nos olhos,enxerga minh'alma,
Em palavras silenciosas,
fale -me do teu amor...da saudade,
Desse tempo inútil que deixamos passar...
Deixa a lágrima rolar...
Não me perdi de ti,
Apenas adiamos os sonhos ,
Sonhos teus que também são os meus...
Entrega-te a essa melodia,
Vamos dar a esse amor um canto diferente...
Segure firme em minha mão
Vamos alegrar nossas almas apaixonadas,
Que tanto clamaram por esse dia...
Deixar o perfume do nosso amor nos envolver e
viver os momentos sublimes da nossa existência
Que nosso amor seja uma estrela a brilhar,
clareando tudo por onde passarmos
Transformando nossos dias em pura alegria.
Infinita


POEMAR

POEMAR
Teus cabelos:
Espumas ruivas pelo tempo manchadas
Teus olhos:
O brilho verde em suma formosura
Teus lábios:
As águas feiticeiras e salgadas
Teus amores:
Os marinheiros que te agarraram
No banho imortal de essências náufragas...
Gigio Jr (1982 - Poemas da Juventude)

A SINFONIA DO VENTO


A sinfonia do vento



O forte vento do outono
É uma música a cantar...
Esse vento é um lamento
Pelas folhas que caem...
Elas flutuam,correm e rodopiam,
Sem medo da vida lhes levar...
Num bailado melodioso,
Num ruidoso farfalhar...
Dançam com o vento,
Sem destino certo...
Espalham seus maravilhosos odores,
caídas no solo para germinar...
Tapetes que ornamentam o chão,
Seguindo o ciclo da Mãe natureza,
Num espetáculo de grande realeza ,
Nos mostrando da vida,
a renovação.
Infinita


TALVEZ



TALVEZ...

Talvez você seja esse amor que respiro e suspiro,
que tanto espero
Talvez seja só nostalgiasó saudade ...
Só delírio, só paixão
Talvez eu não devesse esperar
Talvez eu não devesse insistir tanto
Te telefonar, implorar
Nem lhe querer tanto

Talvez se eu não tivesse lhe encontrado
eu não saberia o que era amar
Não saberia o que era sentir saudades
lhe abraçar com ternura
Beijar sua boca com loucura

Infinita
Talvez se eu não tivesse lhe encontradoeu não saberia o que era amarNão saberia o que era sentir saudadeslhe abraçar com ternura Beijar sua boca com loucura


ARROZORRA - JORGE ARILDO


ARROZORRA.

Vocábulos desencabulados...
Adorável confusão!
O que tem a ver zorra com arroz?
O primeiro carrega erres em profusão
O segundo, só semente: um montão...
Engraçadinhos estes dois!
Vê-se logo, não têm o mesmo som;
Dessemelhança surte lembrança no ouvido
Comparação não faz sentido;
Não são sinônimos, homônimos, parônimos...
Tampouco antônimos
Na conotação, o maior rolo; diferente trato...
Soletrando, no entanto, dá tudo igual;
Basta inverter!
Inicio do fim...
O maior barato!
A ordem dos fatores altera e difere os produtos
Zorra é total bagunça no id ou no armário
Alvinho, o arroz aparece, se mostrando ao contrario;-
Na mesma pista, variados pontos se avista
União ou dispersão, caminho de duas mãos;
Solta e escrachada se apresenta a primeira
Dissimulado aquele se crê quão solene e juntinho
Teu ego é uma fogueira, todos já sabem, tolinho-
Força externa é que dá a coesão de teus grãos..

by jorge-a

E VAIS..........


de estrela a estrela
a luz da lua
na claridade flutua e sonha

*

e vai...

livremente,
soltos no tempo,
meus sonhos aloucados ...
Infinita

ÉS TU!



És tu

Mocidades

Como uma promessa és tu, s tú, como uma manhã de verão,
como um sorriso és tu, és tu, assim, assim és tu.
Toda minha esperança és tu, és tu,
como chuva fresca em minhas mãos, como uma forte brisa és tu,
és tu, assim, assim és tu. És tu como a agua de minha fonte,
És tuo fogo de minha lareira. És tu, algo assim como
o fogo de minha fogueira
algo assim és tu, algo assim és tu...
Como un poema és tu,
és tu, como uma guitarra na noite,
como o horizonte és tu, és tu, assim, assim és tu.
És tu como a agua de minha fonte,
És tu És tu, algo assim como
o fogo de minha fogueira
algo assim és tu, algo assim és tu...
És tu como a agua de minha fonte,
És tu

Infinita

DOMINGO - PAULO MIRANDA


DOMINGO

O coração parece presente, quase pulando imaginado
E o tempo se passou
E o dia e noite se dançou
E o mundo se rolou
As minhas mãos muito sentem
Até os meus olhos não mentem
E muito antes que o Sol morra, e as estrelas me achem
Penso no que mais que todos os dias serão sempre grandes viagens

PAULO MIRANDA (A Folha)

SÁBADO - PAULO MIRANDA

SÁBADO
Faço coisas de coisas, pois tem que ser
Mentalizo a praia, a rede e a limonada
Canso no descanso de olhar para brilhar
No agora que se torna sólidoA liberdade vai-se no azul
No vermelho coraçãoNo verde esperança
E a noite, sim, é uma criança
PAULO MIRANDA (A Folha)

SEXTA - PAULO MIRANDA


SEXTA

O cadarço esta sendo desfeito
Da ponte obrigado ao passeio longe do palco estou ansiado
Houve conquistas e derrotas
E chego ferido, iluminado, e o dever cumprido e gasto
Desafivelo o cinto a noite de olhos bem fechados
Esperando enterrar o meu sapato e tirar do baú o chinelo bambo e surrado

PAULO MIRANDA (A Folha)

QUINTA- PAULO MIRANDA


QUINTA

Atravesso muito rápido
Do fastio ao movimento
Da chuva presunçosa e do Sol teimoso
O dia se torna certo
É parado o segundo
É distante na hora
No dia que nada tem de tem a não me dizer que não é mudo

PAULO MIRANDA (A Folha)

QUARTA - PAULO MIRANDA

QUARTA
É quase meio.
Medeio.
Entremeio
Vou puindo no meu dia
Mas ainda penso no Sol do descanso
Deitar-me de remanso
Não fazer nada!!!
Mas de mais a mais, ficamos atrelados
Curtindo imaginários lagos
Realmente no mente
. É o asfalto
PAULO MIRANDA (A Folha)

TERÇA - PAULO MIRANDA


TERÇA

Acordo, faço o meu fardo, o responsável e o sonhador não dispensável
Ganho a rua e vou para o mundo
Fico agindo na superfície, de atitude à solitude
Tenho dores, amores e também flores
Vai e vem no meu trem, sendo assim do assim e não do só de porem

PAULO MIRANDA (A Folha)

SEGUNDA -PAULO MIRANDA

SEGUNDA
Do relógio ao trabalho e no ônibus, nada é curto
Os pés tocam para o longeAs mãos suam
E o gosto amargo de minha boca prenunciam tudo
Só que ando sem passado, no presente e não esperando nenhum futuro
PAULO MIRANDA (A Folha)

RASCUNHO - PAULO MIRANDA

RASCUNHO
Desculpe minha jovem
Pela minha pouca arte de cantar
Sei que deveria o teu coração te roubar
Mas, infelizmente, só sei versar
Naquele momento, olhei-te no olhar
Percebeste no ato, o meu ato de ousar
No seu educar, riste, sem o querer de querer amar
E me colocaste no meu canto, onde aqui estou de lugar
Galhofeiro, fiquei a suspirar
Gaiato, engoli o meu falar
Só que minha jovem, olhei-te, e mais uma vez, terás o meu olhar
Na visão de tuas mãos, que contra sua vontade, irei guardar
PAULO MIRANDA (A Folha)

FOGOS - PAULO MIRANDA

FOGOS
Dentro de cada um de nós há poesia
É mestra de nossa magia
É a mola que nos faz ter alegria
Saibamos procurar esta felicidade
Nossa infantil mais verdade
Nosso jeito de ser humanidade
Achando em nosso olhar o que nos faz brilhar
Descobrindo em nossas mãos o que nos faz acreditar
Tocar com nossos pés, o que nos leva sempre a nos fazer flutuar
PAULO MIRANDA (A Folha)

UM NOVO OLHAR - PAULO MIRANDA


UM NOVO OLHAR

E os dias passamNa dúvida e na certeza
E os dias se vão
Com dor e alegria no nosso coração
Mas parou para olhar o mundo?

Em cada parte dele o tempo segue renovando-se,
crescendo, evoluindo
Não há sentido da volta, e sim do adiante
O buscar o caminhoEm sempre ter a esperança
Em sempre acreditar no pouco de ser criança

Vá em frente na busca do mais sincero amor
Sinta o Sol nos mostrar que a vida é calor
Sente-se e tenha a paciência de admirar uma flor


Sejas o teu mais fiel criador
Em todos os momentos de felicidades
Em todas as cores da paixão
Em todas a luzes da criação

Paulo Miranda " A folha"

DIVAGAR


DIVAGAR
Pode se confundir com ser devagar
Mas é assim mesmo, sonhar

Vê estrelas piscarem no teu olhar
Perceber que o beijo tem um leve perfumar

Andar na areia e brincar
Entrar no mar e se molhar

Acreditar que em todos os dias;
eu, tu, nós, vamos sempre voar

PAULO MIRANDA (A Folha)

BEIJAR - PAULO MIRANDA

BEIJAR
Beijo beijar de molhados
Beijo beijar de falados
Beijo beijar de olhados
Beijo beijar de ser de ser o teu amado
Tu, dona dos meus lábios mordidos e apaixonados
PAULO MIRANDA (A Folha)

HORA - PAULO MIRANDA


HORA

Vai-se ali
Ou fica no daqui
Também, pode ser o daqui de lá
Para lá ou para cá
Mentiroso!!!
Não existe aqui de aqui
Tem-se o lá de sempre aqui
Pois o que está aqui para cá
Do sempre será do aqui para lá

PAULO MIRANDA (A Folha)

LÁBIOS DE MORANGO

LÁBIOS DE MORANGO
Vermelhos
Abusados
Abusivos
Lambuzados
Lascivos
PAULO MIRANDA (A Folha)

NO CHEGAR DAS ANDORINHAS


No chegar das andorinhas,
sinto a terna primavera,
no teu lindo olhar
,vejo uma velha quimera.

Mas eu tenho ansiedade,
ansiedade para te amar,
amar até á eternidade,
eternamente te vou adorar.

Eu tenho direito a sonhar,
nesse sonho tão lindomeus
lábios vão-te saborear,
como te estou sentindo.


Viajando em ti intimamente,
sinto tua pele quente,
que me arrepia loucamente,
neste jogo perco propositadamente.

Mas para castigo meu,
do lindo sonho não passo,
triste solitário ficarei eu,
levo a vida neste compasso.

Autoria de Alberto Manuel de Campos

NAVEGAR NO TEU OCEANO - ALBERTO MANUEL


Desejo navegar no teu oceano,
Mergulhar nas tuas entranhas,
Verificar teu leito estranho,
Posar em areias que banhas.

Ser barco à vela perdida ao vento,
Sem rumo me levarás,
No teu colo me sentarás,
Sem que eu faça um lamento

.Não arrependido deste engano,
Nos confins me finarei,
A ti meu amor darei,
Por ter navegado nesse oceano.

Perdido estou e assim ficarei,
Sem que nada faça,
Ficarei uma velha barcaça,
Mesmo assim te amarei.


Autoria: Alberto Manuel de Campos

domingo, 29 de junho de 2008

ALOPRADO - PAULO MIRANDA


ALOPRADO

É loucura boa
Tirar de si atoa
Dizer, sem medo, que voa
Remar, sem remo, na canoa

PAULO MIRANDA (A Folha)

SENSA;'OES OBSCURAS - FIM - PAULO MIRANDA

DUO - FINAL
SENSAÇÕES ESCURAS

Vamos cairNo bem se diluir
Esquecer e possuir
Deitar, e não dormir

PAULO MIRANDA (A Folha)

SONETO DO ENCONTRO - GIGIO JUNIOR


SONETO DO ENCONTRO

Da poesia perdida d’outros cantos
Veio o bálsamo pros meus torvelinhos.
Das flores que florescem dos espinhos
Os beijos dos orvalhos nos meus prantos!

Nos céus as estrelas dos meus caminhos
São noites sem outonos e eternidade;
E nas manhãs as canções sem idades
Dos pássaros felizes em seus ninhos!

Nas minhas mãos os poemas cintilam,
Sonham sorrisos – querem mais amores,
Desfolham tristezas... caladas dores!
E, ao declamar os versos que me encontram,
As tardes também fulgem nos cantares,
Revivendo o amor que esquece os pesares!

Gigio Jr (Canções – 2008)

SENSA;'OES VERMELHAS -PAULO MIRANDA

DUO
SENSAÇÕES VERMELHAS
Canto-me que me alegra
No olhar sincero de tua festa
Acordo e durmo, dentro do teu mundo
Sou quase nada, e ao mesmo tempo, quase tudo
PAULO MIRANDA (A Folha)

DESISPIRADO - PAULO MIRANDA

DESINSPIRADO
Hoje a rima não surgiu
Apesar de bordar as manchas no Sol
Apesar de colar espinhos nas rosas
Hoje o sonho não saiu
Embora creia nas montanhas de sal
Embora veja reflexo no espelho rachado
Hoje a palavra não serviu
Porque se busca retalhos para costurar na pele
Porque se fala da luz, relembrando os pecados
PAULO MIRANDA (A Folha)

OF[ICIO PAULO MIRANDA - PAULO MIRANDA


OFÍCIO PAULO MIRANDA (A Folha)

Creio simde talvez fazer aqui
Longe...Distante...
O amor acoláe ali
Tenho,acredito em mim,de saber o que vi
Conquistar os sonhos até nas tristezas que ri

No talvez,e sempre no talvez,nem tudo seja assim
Eu jamais soubese dedilhar donde escolhi
Faz-me o dono do que vivoe vivi

Ou...Navegante de passageiro nas lacunas que dilui
E quem dera-meter o certo do que rabisco,escrito,escrevi
No que vou pontuando,costurando,vestindo;até servir

Na louca venturaque faço,leio e reli

Sem ter o começo,que daqui,diga-se:que era o princípio,o meio,e o fim


Paulo Miranda "A folha

SENSAÇÕES BRANCAS E LARANJAS - PAULO MIRANDA


"DUO"

SENSAÇÕES LARANJAS

Tenho direito a vida
Falando-te querida

Creia-me, tu és perdida
Eu, e nossa língua corrompida


SENSAÇÕES BRANCAS

Busco ao nosso lado
Um romance beijado
Crescer despenteado
Afogar, e afogado

PAULO MIRANDA (A Folha)

SENSAÇÕES VERDES -PAULO MIRANDA


“DUO”

SENSAÇÕES VERDES

Tento não ser só o teu ser
E como não viver?

Querendo e querendo
Sem no que tu diz
E não te dizer?

PAULO MIRANDA (A Folha)


SENSAÇÕES AZUIS E AMARELAS - PAULO MIRANDA

Série “DUO”,

SENSAÇÕES AZUIS

Olho ao teu lado a liberdade
Creio, a mim, que há claridade

O sonho: é nossa realidade
A perspectiva: é nossa vontade

SENSAÇÕES AMARELAS

Sinto o teu cheiro
Perto donde veio

Palavras são teu recheio
Olhares, dão-me tonteio

PAULO MIRANDA (A Folha)