
POR ONDE SE COMEÇA
Tão certo seria, abraçar tuas pernas, beijar os teus pés e
pensar em coisas menos discretas
Ousaria então, sentir-lhe tuas costas
Delinear o teu pescoço Deitar-me no teu regaço, no sabor doce e macio,
no desejo presente do pecado
Findo-se demais, talvez, em bruscas linhas não retas
Tentando descobrir a flor entre curvas
Achar o sentido do que deixa a minha vista quase turva
Tolo seria dizer terminar, no de sempre se calar
Naquilo que se conhece, naquele conhecer de começar
Havendo-se beijos de lábios decisivos do meu olhar ao nosso veemente beijar
PAULO MIRANDA (A Folha)
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