
ALMA
Não és homem e nem mulher
Superas a liberdade do ser, que é diferente da liberdade de viver
Nunca és a maldade infinita e nem a bondade perfeita, pois não tens, nem a razão e nem a lógica do humano acontecer
Ninguém jamais ti sentirás procurando apenas nos cinco sentidos ou no mundo do olhar e do ver
Pois tu és, acima de palavras escritas, és um sonho que o ser humano ainda esta para aprender
A centelha imutável que está além das correntes, alem de qualquer definição de amor dos filósofos, alem do sussurro daqueles que teimam em descrer
Não és a felicidade que se toca com as mãos e nem a tristeza que dá lágrimas, és a bondade infinita, a eterna criança de milênios, cujo o caminho, de pouco em pouco, aprendes a ler
Medidas risíveis das vontades de muitos braços, não lhe mexem; tu até fingis em consentir, mas a natureza divina na evolução da estrela retira tudo que não é teu diáfano
e sim emprestado, sendo o tecido o véu hipócrita que com o tempo vai morrer
Nem a palavra fenecer ti oprime, pois não conheces nada que seja um significado;
as teorias e práticas são brincadeiras que ti fazem rir do obsessivo crer
Flutuas em outras dimensões, alheia a hipóteses pois o que ti prendes aqui são as flores, a natureza, o bem querer, o teu austero dever
Pode-se inferir várias laudas sobre a tua verdade, mas quem ti escreves, assim como eu, são irmãos presos a realidade,
voltados à vida e o direito, necessitados da capa e do conceito;
somente os Anjos ti conhecem em todas as tuas cores, pois somente eles, junto contigo, veêm o universo onde vários sois coexistem, em direção a eternidade chamada amar e ao divino e infinito epifânico e silente crescer
PAULO MIRANDA (A Folha)
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