sábado, 3 de maio de 2008

VIS]AO

VISÃO
Há uma tela negra de desejo
Onde te falo e escrevo desarmada
Adormecido astro que não vejo
Em galáxia de mim distanciada
Opaco é o meu discurso mudo
Poeira vã, volátil, desgarrada
Palavra à toa dum sentir desnudo
Voando só na hora desfazada
Até que nesse negro imponderável
Inusitada surge a impalpável
Visão do meu delírio de demente
Chegas como um raio incandescente
Enrubescendo a tela onde leio
O fogo posto do verbo que anseio
Eu................

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