sexta-feira, 2 de maio de 2008

SILÊNCIO AMIGO


MEU REFÚGIO



Ó meu silêncio, e meu refúgio amigo,
a ti dirijo a minha voz oculta,
que tu recolhes no teu gesto sábio
e me orientas quando vem a dúvida.

Filho prudente do temor calado,
tal qual meu jeito de pouco falar.
A ti buscando sigo pela estrada,
neste meu jeito calmo de sonhar.

A ti, ó grande mestre dos prudentes,
entrego os falares de minh'alma,
todo o bem ou mal comunicável,
que faz de mim, humana e vulnerável.

Vem sempre estar comigo, meu amigo,
neste lugar onde te pões quieto,
onde te fechas comigo em tua redoma
a me atender solícito e discreto.

Terás aqui tuas vontades satisfeitos
para que fiques sempre aqui comigo,
nas sombras em que formas teu conceito,
Ó meu SILÊNCIO, e meu fiel AMIGO!
Eu

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