quinta-feira, 15 de maio de 2008

FLUTUAR DA ALMA

FLUTUAR DA ALMA
Teu coração a pulsar de amores ousa desafiar a tua angústia,
e te soltas na festa da vida.
Esvanecem teus receios em calorosos brindes,
e te lanças, tão pura, aos sorrisos imprudentes.
Tua alma flutua lancinante,
vagueando num indefinido rumor de sonhos,
onde declinam razão e expectativas tantas.
Gritas teus anseios a toda a gente,
expurgando tuas dores mais secretas.
Trazes o desejo do universo, de abraçares,
divina, a raça humana,
como a redimir seus inconfessáveis pecados,
porque tua bondade assim te inebria.
Não sabes porém os efeitos do teu gesto
a descortinar em severo e pungente espelho,
ante um mundo cego e assustado,
negando-se em ti a ele próprio.
No teu íntimo ecoa uma doce melodia
a te convidar ao enleio das estrelas,
mas não achas teu par naquele baile de sonhos,
somente a severa punição da tua encantada dança.
O teu coração ainda pulsa de amores,
e bombeia agora a tua doce rebeldia,
sempre a desafiar a insistente angústia com o mágico poder dos teu íntimos sonhos.
Eu

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