quinta-feira, 1 de maio de 2008

FAZER AMOR



Fazer amor


Fazer amor é pisar na eternidade...
Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo
misturados num desejo insosso
desses que dão feito fome trivial nascida da gula descuidada
aplacada sem zelo sem composturas,
sem respeito atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma
uma alma tateando outra alma desvendando véus descobrindo
profundezas penetrando nos escondidos sem pressa ...
com delicadeza. Porque alma tem textura de cristal
deve ser tocada nas levezas apalpada com amaciamentos
até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas como se tocando nuvens
a boca vai acordando e retirando gostos provando
os sabores bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons.
É o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é Ressurreição!
É nascer de novo!
No abraço que aperta sem sufocamentos
No beijo que cala a sede gritante
Na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar
Vale gemer
Vale gritar porque aí já se chegou ao paraíso
e qualquer som há de sair melódico e afinado seja grave,
agudo, pianinho.
Há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram almas matizaram.
Fez-se o Êxtase!
É o instante da Paz
É a escritura da serenidade
E os amantes em assunção pisam eternidades!

Eu..........

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