Que bênção de joelhos crispados
Onde os dedos não tateam
E os olhos vêem de um lado
Somando dois e dois mais quatro
Bebendo café quente ou gelado
Amarrando, de frente, os sapatos
Vendo os carros de faróis iluminados
O pingo da chuva aos bueiros que margeiam
Naquela noite, onde de antes de agora o Sol amanheceu-se respingado
Tudo de mesmo e mesmo partilhado
O mesmo lastro volteando o que já foi perfilhado
Rabiscando e resumindo, sem nenhum dado, roleta ou nas cartas do carteado
PAULO MIRANDA (A Folha)
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